sexta-feira, 13 de agosto de 2010

TASCA O EURICO

Depois de trinta dias de férias, perto da minha família que mora na Espanha e andando por outros lugares, estou de volta, ainda bem. A saudade da minha cidade, do meu bairro e das pessoas que vivem ao meu redor era muito grande. Os encontros com meus primos e tios espanhóis junto com as várias pessoas que viajaram daqui comigo foram marcados pela emoção. Vários banquetes, gargalhadas e lágrimas de emoção e muita, muita bebida. Estou muito feliz por ter vivido dias tão bonitos e quando me organizar melhor coloco aqui algumas fotos.

Tive a oportunidade de passar quatro dias em Lisboa, cidade que gosto muito, mas desta vez foi mais bacana pois estava ao lado de minha menina. E este texto de hoje, que marca o fim da inércia do blog, vem para mostrar um canto especial deste lugar. Descendo o castelo de São Jorge, na Alfama, fui parar num pequenino largo, o de São Cristóvão. Fazia muito calor, e estava cansado, com fome e sede. Foi quando, deixando um pouco a modéstia de lado, o meu olhar aguçado para descobrir bons botecos entrou em ação. Era uma porta como de uma quitandinha, com algumas verduras do lado de fora e uma movimentação de entra e sai que me chamou a atenção. Ao me aproximar me dei conta de que se travava de um modesto restaurante e uma mini quitanda ao mesmo tempo. Trabalhadores com macacões manchados de tinta, com botas de obra e cascos na cabeça almoçavam lá dentro. Haviam alguns poucos turistas que tiveram a sorte de perceber aquela típica tasca escondida ao descer do Castelo assim como eu.

O nome do lugar é O Eurico, que é nome também do senhor que comanda a casa ao lado de sua mulher, uma senhorinha muito simpática chamada Laura. Bom, nem preciso falar que me senti em casa depois que me sentei numa mesinha e pedi uma garrafa de vinho branco da casa. Ao olhar o menu pendurado na parede, que por sinal era farto de opções e com preços bem baratos, escolhi sardinhas com batatas e salada. Antes do prato desejado chegar foi colocado para nós uma porção de azeitonas para beliscarmos, cortesia da casa. Quando veio a sardinha, feita na brasa, tive a certeza de que estava certo, excelente. Comemos todos os dias em que estivemos em Lisboa neste lugar. A comida muito bem feita, o vinho fresco da casa, a simpatia do senhor Eurico e o sorriso de mãe da Dona Laura me cativaram. Ainda provei o bacalhau da casa e a dourada.

Fica aqui então, meu caros, a dica para quem tiver a oportunidade de dar uma passada na terra alfacinha. Vá na tasca o Eurico e sairás bem contente.












Estou de volta, até.

2 comentários:

Juliano disse...

Não sendo o Miranda tá lindo! rs*

Impressionante como o português, aqui no Brasil, reproduz o mesmo tipo de estabelecimento que em Portugal. Igualzinho! Essa foi uma das surpresas mais legais que tive ao conhecer Lisboa, a capital mais bacana da Europa.

Felipinho disse...

Juliano, os bares lisboetas são realmente muito bons, mas a capital portuguesa, para mim, está longe de ser a mais bacana da Europa. Está muito mal cuidada.