sexta-feira, 27 de junho de 2008

FUI AO PANAMÁ

Não meus caros, não estava passeando pela América Central, o Panamá de verdade fica em Copacabana.

Sabendo de minha exagerada adoração por bares, meu camarada Lito recomendou-me uma visita à este boteco, dizendo maravilhas do mesmo.

Minha curiosidade foi aumentando a cada dia, cheguei a não dormir direito pensando neste santuário etílico. Ontem pela manhã já estava tremendo e roendo as unhas, foi aí que tomei a decisão de conhecer logo o Panamá bar. Saí do trabalho diretamente para o local, onde inclusive marcara com o meu cunhado.

O bravo botequim tem à sua esquerda o Bob´s como vizinho, e à sua direita o esquálido Belmonte. Ou seja, presas fáceis para o bar do seu Antônio. Seu Antônio, estive conversando com ele, tem 72 anos e está ali desde 1968. Este nobre senhor de origem espanhola disse-me que só deixa o local quando esticar as canelas, e complementou dizendo que aposentadoria é uma palavra que não está no seu dicionário. Quando as pernas dão sinal de cansaço, ele senta no seu cantinho e fica saboreando uma cerveja preta. E ainda temos o Freitas atendendo no balcão, sempre atencioso para não nos deixar de copo vazio.

O Panamá bar é dos nossos. Porções de jiló, batata calabresa, moela (foi o que comi), ovo amarelo, sopa levanta defunto, língua ao alho, e muitos outros belisquetes. Uma enorme estante de madeira é completamente povoada por incontáveis garrafas, de todas as bebidas que pode-se imaginar. Além das cervejas que bebi, geladíssimas por sinal, provei uma dose de Pau Pereira para limpar o esqueleto. Como caiu bem a danada!


Outra coisa que me chamou a atenção foi o cuco pendurado em uma das paredes, isso mesmo um relógio cuco que toca de hora em hora.

Agora eu já estou apto para sugerir uma visita ao Panamá. Se passarem pela Domingos Ferreira quase esquina com Bolivar, não hesitem, bata no balcão e peça logo sua bebida e seu petisco neste maravilhoso bar. É felicidade na certa.



Até.