sexta-feira, 5 de abril de 2013

LANCHES PEIXINHO

Estive trabalhando há duas semanas em São Paulo, foram três dias de batente. Como não poderia deixar de fazer, aproveitei para rever os amigos. Na primeira noite fomos ao grande bar Amigo Leal para beliscar algo e beber um maravilhoso chope numa tulipa estupenda. Mas isso é resenha para outro dia.

Venho aqui para escrever sobre nossa bebedeira do dia seguinte, quando visitamos um lindo bar na Lapa chamado Lanches Peixinho. Grande nome, que aliás, pouca gente conhece. Juarez comanda este belo boteco, esquina de Albion com Gomes Freire, há pelo menos 25 anos. Cabra boa gente e muito atencioso. O local é um lindo pé-sujo, possui todos os prazeres que um cachaceiro necessita.  Eu, Arthur, Fernando e Danilo formamos o balcão e o bar era somente nosso. Aliás, tinha uma mulher, na casa dos trinta e cinco anos, sozinha bebendo sua cerveja num canto da casa. Para quem gosta de hospitais de almas, aquilo era um parque de diversões. Tudo bem antigo (mas conservado), uma bacana geladeira de madeira, prateleiras com fartura de bebidas quentes, estufa com ovo cozido, linguiça e excelente torresmo. Se quiser um sanduba o Juarez prepara um bauru esmerado. Potes com doces clássicos como pé-de-moleque, doce de abóbora, doce de batata e paçoca ficam logo ali no balcão. E, é claro, cerveja trincando.







  


Enfim, o lugar é uma jóia cada vez mais rara. Mas que fique claro, não é para descolados, não é da moda e não tem "gente bonita". É para o povo beber sua cerveja e descansar a mente. A boniteza do local me obrigou a escrever este pequeno texto.


Abraço ao Juarez!