domingo, 29 de julho de 2007

TARDE FRIA

Provavelmente a tarde mais fria do ano. O vento gelado e cortante nos fez esquecer que vivemos no Rio de Janeiro. Pela manhã cada um no seu canto, debaixo das cobertas e com medo da temperatura que dominava o dia no exterior dos aconchegantes lares.

No início da tarde falei com Rodrigo Folha Seca e o Simas, na tentativa de nos encontrarmos para ver o jogo no Joaquim e espantar a friaca com doses de maracujá. Simas topou na hora, e Digão, que estava com seu filhote Miguel, andava preguiçoso, mas resolveu dar as caras também.



Cervejas foram poucas, porém os maracujás acabaram logo. O Joaquim ficou sob pressão boa parte da tarde para que outra leva desse maravilhoso calmante fosse logo preparada. Enquanto isso, o jogo de futebol de prego comeu solto, juntamente com a purrinha e a zarabatana. Sim zarabatana! Semana passada disputou-se um mini campeonato de botão no Rio-Brasília, e hoje um de zarabatana, que foi vencido pelo Miguel. Eu tentei mas não deu, o Digão nem tentou, e o Simas não leva jeito nenhum, como pode-se conferir no vídeo abaixo:



Como estava passando o jogo do Flamengo na televisão, lembramos do querido Edu, que se encontrava em Pouso de Cajaíba, e ligamos pra ele:

- Faaaaaaaaaaaaala Edu! Só estou te ligando para dizer que estamos todos vendo o jogo no Joaquim e pensamos em você. Tá um frio anormal...

A resposta:

- Estarei presente para o segundo tempo.

Ficamos todos surpresos pois pensávamos que Edu voltaria somente na segunda. E acho mesmo que ficamos sem acreditar. Bom, esquecemos o assunto.

Os maracujás apareceram, e nossos corpos que já se encontravam frios se esquentaram e ficaram confortáveis naquele recanto da Tijuca. A chuva que parara minutos atrás teimou em voltar para ajudar a desenhar um dia daqueles. Rodadas de purrinha e futebol de prego voltaram à mesa para matar qualquer possível desânimo, e ainda por cima o Flamengo acabara de empatar uma partida praticamente perdida com o Corinthians, e o meu América acabara de vencer o Guarani, notícia que aguardava ansioso de ouvido colado no rádio.

O dia que já virava noite estava praticamente morto, quando aos quarenta e cinco do segundo tempo dobra a esquina um cara que honra com a palavra, Edu Goldenberg. E não é que o cara apareceu! Conversas foram reiniciadas, novas rodadas vieram para a mesa, e aquele mínimo buraco tijucano tomado por um frio polar jamais visto, foi palco de um momento, nunca pensem que é o mesmo, que sempre surpreende por ser mais intenso a cada dia que passa.


E o dia ainda acabou com Digão me ligando para escutar "Adios Nonino" do Piazzolla via telefone. E o pior foi que eu retornei a ligação para ele ouvir a mesma música.

Coisa de maluco.

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