domingo, 24 de janeiro de 2010

CÉU DA GUANABARA

Na última sexta-feira choveu pra cacete na cidade maravilhosa, e depois do pé d'água o evento da noite estava pra acontecer. Foi o dia do concerto do Benito de Paula, na churrascaria Gaúcha, no bairro das Laranjeiras. O meu camarada Dudu Sarmento me arrumou um ingresso dos que havia ganho através do blog do Edu, e por causa disso fui ver o homem. Aproveito para agradecer ao Dudu pela gentileza. Sobre o show do Benito, só posso dizer que gostei muito, principalmente por causa das pessoas que estavam comigo. Indico a leitura deste texto escrito pelo Edu em seu BUTECO DO EDU, pois lá encontrarão detalhes sobre a bela noite que passamos.

Antes de entrar na churrascaria, marquei com o Dudu num botequim bem perto dali. Cheguei um pouco mais cedo, o bar estava cheio e fui pedindo minha cerveja. Tinha uma turma animada falando sobre um bar no centro e resolvi entrar na conversa quando estavam querendo saber o nome de uma rua. Em poucos instantes veio o Dudu, que mora bem perto dali. Foi um festa. Ele logicamente conhecia todos que estavam bebendo e por causa disso foi me apresentando a turma. Dudu puxou pelo braço um coroa na casa dos setenta e me apresentou, o senhor chamava-se Baiano. Antes, disse-me ao pé do ouvido:

- Vou te apresentar um cara que tem muitas histórias boas pra contar. Não sei se são verdade, mas também não quero saber, pois são boas de ouvir.

E logo depois de sermos apresentados o caboclo já começou a falar e falar... Falou da época de capoeirista em Salvador, de quando andava pelo porto de lá e conseguia suas calças "lee", disse que foi modelo e até mesmo fez figuração para filmes do Glauber Rocha, de quem inclusive é amigo até hoje! É, foi assim que ele disse. Mas embora nem tudo ter sido verdade, realmente era bom de ouvir. E ali ficamos mais do que devíamos, pois a cerveja fumegava e todos conversavam com todos um papo que não dava vontade de acabar. Mas o Benito nos esperava e nós estávamos ansiosos também.




Segundo o Dudu, este boteco que tem um nome muito bonito, Céu da Guanabara, é bastante respeitado na área e já está ali há muito tempo molhando o bico da rapaziada. É um pé-sujo de verdade, com seus quitutes tradicionais na estufa, tinha uma carne assada linda demais, e com uma cerveja de primeira.

Fica aqui a dica para quem passar pela rua das Laranjeiras, o bar fica quase em frente da Gaúcha.

Até.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

UM SÁBADO SUBURBANO

No primeiro domingo do ano estive na gloriosa rua Casemiro de Abreu para a inauguração de uma laje. Um camarada meu da área convidou-me para o evento. A rua inteira deu as caras, e a festa estava realmente animada. Eu fiquei impressionado com os preparativos. Teve fita vermelha para ser cortada, cerveja e comida sem miserê, piscina estilo "Toni" para quem quisesse espantar o calor, samba nas caixas de som e muito papo. Pois neste dia, meu companheiro de copo e de conversa foi o Toninho. Toninho é um português que veio para o Brasil com dois anos de idade e nunca mais voltou. Hoje tem cinqüenta e cinco. Além disso, é o maior soltador de pipas da região. Foi durante a prosa que ele me informou que no dia nove de janeiro haveria o primeiro campeonato de pipas do ano ali no bairro da Abolição. Prometi presença e mantive palavra, no último sábado estava lá.

O bairro da Abolição, assim como a maioria do subúrbio carioca, tem uma lojinha de pipas em cada rua, e a venda também é feita dentro da casa das pessoas mesmo. Eu sou perna-de-pau na arte de soltar pipas, pois aqui na minha rua o forte era a tradicional pelada no asfalto, pião e a bola de gude. Soltava-se pipa, mas eu nunca levei jeito.

Cheguei na Casimiro de Abreu um pouco atrasado, por volta das onze da manhã, mas ainda peguei parte da peleja. Tinham crianças dos cinco aos oitenta participando, e no final de tudo a barbada se confirmou, Toninho. Eu assisti tudo de dentro do bar do seu Geraldo (veja sobre ele aqui) bebendo minha gelada, pois aproveitei mais um dia para visitá-lo.

A rua estava especialmente encantadora neste dia, toda a coroada estava com suas cadeiras na calçada, os velhos com suas cervejinhas e dominó e as velhas passando tabuleiros de bolo para a criançada dizendo:

- Saco vazio não fica em pé... Venham comer!

Os moradores se conhecem há muitos anos e por conta disso deixam suas casas abertas e ficam fofocando por ali. Como há fofoca no subúrbio. A falação do dia, por exemplo, era sobre o Merenda, um gordão de uns duzentos quilos que acabou de separar-se da mulher e parece que agora só trás avião pra dentro de casa. Cochicharam também sobre o novo filhinho do Everaldo, da casa amarela, pois parece que o garoto nasceu com um dedo a mais no pé. Se perguntavam sobre a Lucia, uma vizinha de meia idade que ainda não arrumou homem. Estes temas do cotidiano são o combustível para o blá blá blá.

Eu via e escutava tudo lá do Geraldo, pois não saía dali nem por um decreto com aquele calor. A cerveja do Geraldo, meus caros, deixa pra lá. E quando estava por ali conversando com um e com outro surgiu o meu amigo Luis, que vive ali e também coleciona vitrolas como eu. Antes de nos abraçamos efusivamente já havia lhe dado um copo cheio da gelada. A primeira coisa que falou foi a seguinte:

- Me espere aqui. Vou até minha casa pegar meu novo brinquedo para você babar.

E eu, ansioso:

- Não demore, vou pedir mais uma.

Em dois ou três minutos estava ele de volta com três lps na mão de 78 rotações e uma caixinha bem pequena, mas pesadinha. Quando ele foi abrindo a caixa, me dei conta de que era uma espécie de vitrola. Ele explicou:
- Este é um gramophone portátil suíço de 1942, feito especialmente para os soldados que estavam na guerra. Está em perfeito estado, e funciona à manivela.

Porra, eu confesso que me emocionei quando vi a criança girando pela primeira vez, Que som! Ficamos ali bebendo cerveja, dando corda no aparato e escutando discos no meio da rua, em frente ao Geraldo. Os velhos se aproximaram com ares de saudade e ficavam olhando calados, com o pensamento sabe-se lá aonde. A molecada largou a traquinada de lado e também chegou para ver a nova tecnologia. Não ficavam quietos, queriam saber o que era aquilo e da onde saía a música.

Eu esqueci de todos os meus problemas neste dia. Cada vez tenho mais certeza que as coisas mais simples são as que nos dão mais prazer e felicidade. Queria muito que todos os meus amigos estivesse ali comigo vivendo o que vivi, pois são como eu e iriam se emocionar da mesma forma.

Vos deixo com um pequeno filme que fiz, em que o Luis bota a vitrolinha pra funcionar. Notem a tranquilidade da rua suburbana.




Até.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

A CAVERNA DE CORDOVIL

Estive de férias alguns dias atrás e resolvi andar por aí, pelas ruas de minha cidade. Fiz pedaladas e andanças etílicas e conheci lugares interessantes.

Dia desses resolvi pegar o trem na central do Brasil e escolher uma estação para descer. Peguei o ramal Central-Vila Inhomirim, e chegando na oitava estação, que era Cordovil, larguei o trem. Andei uns três quarteirões fazendo o reconhecimento local, até que fui parar na rua Aragão Gesteira, uma rua com um campo de terra onde uma pelada rolava solta. Embora nublado, fazia um calor infernal, e logicamente que já estava pensando numa gelada. Gostei do pedaço por causa do campinho e fui catar uma bar nas proximidades. Olhei um de esquina que não me agradou, parecia uma padaria, e um pouco depois, na mesma calçada, vi um pessoal encostado numa porta fazendo um fuzuê danado. Ao entrar pela porta, meus caros, me dei conta que estava numa caverna em forma de birosca! Pensei comigo: - É aqui!!!

Uma imensa bandeira do Botafogo sobre o balcão e inúmeros pôsters do alvinegro colados na parede denunciam o time do coração de Seu Osmar, o dono da caverna. A clientela, de alta estirpe, falava de futebol e o sacaneava, pois na época o fogão ainda estava quase rebaixado. Os urros que vinham de dentro do boteco ecoavam do lado de fora chamando a atenção dos transeuntes. Eu, que entrei e pedi uma Brahma, que veio mofada, estava com a camisa do America. No primeiro instante tentaram zombar de mim por torcer pelo time tijucano, mas logo voltaram as atenções para o Osmar novamente. Coitado. Mas o homem não estava nem aí, e com um esgar sereno levava tudo na brincadeira.

Atrás dele, no altar da caverna, incontáveis garrafas de cachaça 51 estavam postas nas prateleiras. E como se bebe pinga no local, vixe Maria. Derrubei algumas Brahmas jogando conversa fora com o pessoal e nem percebi que já estava há umas três horas lá dentro. Quando anunciei que iria embora, o Rato, o grandão de casaco vermelho da foto, pediu para que esperasse cinco minutos, pois sua mulher estava trazendo uma comida. Pedi a saideira, e em pouco tempo entra a senhora do caboclo com uma bandeja enorme de empadão de galinha, que comemos até encher o bucho. É claro que solicitei mais líquido para o empadão descer.


Foi uma tarde bem agradável, e mais uma vez com pessoas que nunca havia visto antes. Isso prova que o botequim é o lar dos bons, o hospital das almas, o porto seguro dos desamparados, o exterminador de inimizades.

Até.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

CRISE BELGA NA RUA DO ROSÁRIO

Como podem ver, a coisa anda muito lenta por aqui, e deve continuar assim por algum tempo.

Hoje resolvi aparecer rapidamente para mostrar uma imagem realmente impressionante. Durante plena crise belga no querido bar Alfarabi do meu amigo Carlinhos, pude captar este momento de meditação entre os três mosqueteiros da rua do Rosário. O bar já estava fechado, e cervejas belgas, alemãs, escocesas e argentinas eram derrubadas sem dó enquanto se falava de política, amizade, futebol, música e cerveja. A cada gole era um suspiro. Pelas caixas de som se ouvia o que há de melhor do nosso samba, como Luis Carlos da Vila e o partideiro Aniceto, e muita música cubana.


Pensativos ao som de Bola de Nieve.


Carlinhos
, Simas, Alvinho Marechal e eu fizemos uma festa, estávamos em estado de graça trancafiados em plena noite de sábado na rua do Rosário.

Quando Ibrahim Ferrer soltou sua voz em Perfídia o Marecha não resistiu e començou a dançar como criança acompanhado pelo Carlos Alves.




Beber com amigos é uma das coisas mais importantes do mundo. Felizes são os homens que têm mulheres que entendem isso.

Vida longa ao Alfarabi.

Até.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

MODA DE BOTEQUIM 3

A semana que entra promete ser bastante regada a líquido que passarinho não bebe. O calor se aproxima de forma violenta e as cervejas e chopps estão descendo mais fácil que água da montanha. Nossas mulheres têm que entender, é impossível deixar de marcar ponto num bar qualquer.

Foi o que fez neste fim de semana o seu Camargo. Enquanto se divertia num boteco tijucano, deliciava-se com sua dose de 51, Dreher e catuaba (vejam a bebida pousada na maquineta). Uma espécie de rabo-de-galo, mas que ele chama de susto no fígado.

Quero pedir a atenção de vocês para a bolsinha inseparável do velho boêmio da zona norte. O caboclo estava de sapato branco (lembrou-me o saudoso Jacinto Figueira Junior), bermuda de linho com um vinco impecável, camisa social branca, e a tal bolsinha. Deixou todos que estavam na birosca com uma inveja danada de sua portenta capanga.

Se alguém aparecer na novela das oito com algo parecido, já sabem que estão copiando a moda.




Boa semana.

Até.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

PEDALADA ETÍLICA

O fim de semana com direito a feriado da independência foi regado a cerveja, muita cerveja.

Já no sábado pela manhã comecei os trabalhos com meu amigo Fraguinha. Sempre damos nossa pedalada pela cidade fazendo paradas estratégicas. Marcamos bem cedo na Livraria Folha Seca, Praça XV, e iniciamos ali o passeio.

Pegamos a rua da Assembléia, passamos pela praça Tiradentes, entramos na Gomes Freire, e fizemos o primeiro pit-stop. No Armazém Senado derrubamos duas ampolas e meia porção de salaminho. Eram nove da manhã. Depois de meia hora dentro desta casa secular, Fraga sugeriu rápida parada no bar Paulistinha, que fica a dez pedaladas do Armazém. Fomos recebidos pelo Mauricio, que já foi dando trabalho para a chopeira. Vinte minutinhos bastaram para bebermos meia dúzia de chopps e uma porção de cebolinhas. Estava estupendo!








Partimos visivelmente satisfeitos, sem rumo. Mas num rompante, meu camarada berrou no meio da rua:

- Estou com vontade de comer empada!!!

Já estávamos com idéia de irmos à Praça Mauá, então lembrei-me de uma empada maravilhosa que como por lá, e respondi:

- Siga a Caloi 10!!!

Entramos na Avenida Passos, cruzamos a Presidente Vargas, dobramos à direita na rua Larga, depois à esquerda na rua do Acre, e finalmente chegamos ao destino na rua Sacadura Cabral. Larguei a bicicleta na calçada e fui faminto ao balcão. Fraguinha, que estava curioso, pousou os cotovelos rapidamente. O bar Rio Park tem uma das melhores empadas da cidade em minha opinião, talvez a melhor. Comemos de olhos fechados, degustando bem devagar. Brahma gelada foi pedida para acompanhar.

Essas pedaladas viciam!

Depois da Praça Mauá rumamos para a Tijuca, onde terminamos nosso pedal com um descanso na quitanda Abronhense. Amoendoim e cerveja foram postos no balcão da maior quitanda tijucana. Seu José nos atendeu com a gentileza de sempre.

Foi difícil sair dali.

* A nota triste do dia foi o falecimento da dona Alzira, dona do Armazém Matoso, mulher do seu Manuel. Conheça a senhora aqui.

Até.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

SAUDADES DO EL FARO

Em 1966 o restaurante El Faro, situado no posto seis de Copacabana, abria suas portas. Para ser mais preciso, ficava na outrora badalada Avenida Atlântica nº 3806. Meu tio Celestino, o Espanhol, foi quem abriu a casa, e nela ficou até o apagar das luzes, em 2002. Meu pai era sócio, e trabalhou entre 1968 e 1974. E foi aonde, aos treze anos de idade e com muito orgulho, comecei minha vida laboral.

O restaurante era definitivamente o melhor no assunto frutos do mar. Quem era freguês da casa sabe do que falo, quem nunca pôde dar as caras perdeu. A paella gigantesca, recheada de camarões VG e lagosta, era o carro chefe. Em segundo lugar ficava a casquinha de siri, eleita, por uma década, a melhor do Rio. Calarames a la madrileña e Polvo ao molho vinagrete também eram bem requisitados. As caipirinhas eram feitas para que o freguês pedisse pelo menos cinco delas, e o chopp era um CHOPP, tanto o claro como o escuro.

Ao seu lado ficava outro grande restaurante, o Rio Jerez, e mais à esquerda a famosa galeria Alaska. A badalação corria solta nos anos sessenta e setenta por aquelas bandas, e a casa ficava cheia todos os dias. Gringos pra cacete e pessoas famosas faziam o ambiente do lugar. Carlos Lacerda, Agildo Ribeiro, Agnaldo Timóteo, Juca Chaves, Costinha, Alcione (parece que meu velho deu umas carimbadas na Marrom), Rogéria, Cássio Loredano, José Augusto... Esses são alguns dos famosos que sei que eram fregueses.

O show dos Leopardos e dos Dzi Croquetes abarrotavam aquele canto no posto seis de Copa, e muita gente queria ver a bicharada em ação no palco. Em 1973, o arretado jogador de futebol Almir Pernambuquinho morreu ali com um tiro no meio da cara, depois de se meter numa confusão com uns portugueses que caçoavam dos rapazolas artistas do Alaska. Almir tentou defendê-los dos lusos e se deu mal. Meu tio conta que foi um corre-corre danado, mas que no final se deu bem, pois todos que estavam no Rio-Jerez, bar aonde rolou o furdunço, foram pra o El Faro.

Outro caso que me lembro bem, foi do ano novo de 1996/1997, este bem mais recente. Por causa dos fogos de artifício da praia de Copacabana, o restaurante lotava de forma anormal. Estava trabalhando nesta época, e lembro-me que tínhamos que fazer um pequeno esquema especial para que não houvesse baderna. Mas nesse ano houve um pequeno desentendimento, sempre tem alguém para dar um jeito de bagunçar o coreto. Eram mais ou menos 19 horas, cedo, e as mesas já marcadas esperando a freguesia. Nesta hora entra um homem bem arrumado, alto, bem alto, e posando com um crachá da prefeitura. Sem perguntar e falar nada com ninguém, sentou-se na melhor mesa e retirou o papel que marcava a reserva. Meu tio, explicou-lhe a situação trezentas vezes, mas o cara apenas mostrava-lhe o crachá e dizia que a mesa era dele.

- Pessoas muito importantes sentarão aqui. Dizia o caboclo.

Dava pra ver que o cidadão era um 171 daqueles, e depois de muito insistir meu tio começou a falar num tom mais elevado. Uma pequena discussão se iniciou, e o "homem da prefeitura" empurrou o peito do velho Celestino com suas duas mãos. Meu tio levantou e quebrou-lhe o braço com a facilidade que se rompe um palito. Não deu nem tempo pra eu pegar a perna da Xuxa, um taco de "baseball" que ficava debaixo da caixa registradora. Menos um para encher o saco.

Outro conto, desta vez engraçado, foi quando o Agildo Ribeiro tomou uma carraspana de vodka com uísque, o famoso drink Elis Regina, e resolveu transformar o bar em teatro. Subiu na mesa, tirou quase toda a roupa, imitava viado toda hora (não sei se ao certo era imitação), mas deixou a clientela morrendo de rir. Saiu dali engatinhando, e voltou no dia seguinte como se nada tivesse acontecido.


Meu tio tirando um chopp na pressão.




Meu pai, o primeiro à esquerda, dentro do balcão, nos primórdios da casa.


Vi muita coisa durante meu tempo de El Faro. O que me orgulhava mais era de ver a cara de satisfação das pessoas ao provarem a comida. Depois que a galeria Alaska virou mais uma igreja daquelas que brotam em todas as esquinas, a redondeza nunca foi a mesma. Nos anos noventa Copacabana deixou de ser a badalação carioca, e o movimento foi caindo.

Mesmo com várias pedras no caminho, a casa somente arriou as portas em 2002, com a aposentadoria dos sócios.

Fica aqui a minha saudade do bar que foi minha casa, e que plantou-me na memória incontáveis momentos bacanas.

Até.